MORADORES EM SITUAÇÃO DE RUA

ENSAIO Nº 08

INTRODUÇÃO

Para dar início a este tema, escolhi relatar um pouco sobre o Estado de São Paulo, que é onde falaremos dos moradores de rua.

O Estado de São Paulo, é o principal centro eco cultural do Brasil, e o maior exportador.

São Paulo é líder mundial na produção de açúcar e energia, também é o maior exportador do setor, com 3% de utilização do território nacional. Até outubro foram exportados, 8,24 bilhões de dólares. Investindo em alta tecnologia, e com responsabilidade com o meio ambiente.

Possui uma agricultura diversificada, com produção de café, soja, sucos de laranja, este produto com exportação de 1,74 bilhão de dólares. Produz flores para exportação, e múltiplas fazendas no setor de alimentos, dos quais exporta 2,24 bilhões de dólares. Ainda é importante produtor de fazendas florestais, com produção de celulose e papel, com exportação de outros 2,24 bilhões de dólares.

O setor agrícola de São Paulo, está presente em todo lugar. A complexidade dos canais de produção é facilitada por meio de transporte ferroviário e rodoviário, levando os produtos até o maior porto do país, em Santos, estado de S.P.

E considerado um dos lugares mais desenvolvidos do planeta, e atingiu isto investindo em ciência e tecnologia, na Universidade de São Paulo, que no setor é considerada uma das cinco mais importantes do mundo.

É referência no país, na conservação dos recursos florestais, e responde por 31% do Produto Nacional.

Este é um resumo do vídeo que estou anexando e que achei impactante e agradável de saber.

Vídeo em anexo.

Moradores em situação de rua no Estado de São Paulo.

Depois de muito tempo, visitei o centro de São Paulo, e fiquei muito preocupado, vendo grande parte do centro, tomado por tendas de moradores de rua, e não tive coragem de descer do carro, para me dirigir ao centro cultural do Banco do Brasil. Olhando mais atentamente, a outrora Avenida Paulista, se tornou um lugar onde é perigoso caminhar, e até Higienópolis, que era um bairro residencial tranquilo, foi tomado por moradores de rua, que dificultam a vida dos moradores, e onde os preços de imóveis despencaram, frente a esta nova realidade. A minha filha, que morava em Higienópolis resolveu mudar para bairro mais afastado fugindo com as crianças do perigo de pedintes de dinheiro ou de assaltos na porta de casa.

Aparece então a grande contradição de São Paulo ser também, apesar do mais desenvolvido, estado com maior número de moradores de rua, segundo pesquisa Ipea em torno de 60 mil, sendo que metade aproximadamente na cidade de São Paulo.

O estado mais rico, e com o maior número de moradores de rua, também é muito preocupante, e demanda providências.

A primeira reação que vem à mente, é criticar a inoperância das autoridades, para tratar o tema com a seriedade necessária.

Recentes tentativas do governador, abordando o assunto dá a impressão de que foram abandonadas as opções que se apresentavam. Então surge o entendimento, que se trata de um problema complexo, porque os moradores de rua, constituem um grupo de diversas origens. Uma boa parte, de quase metade deles, indica que teve problemas familiares, ou com o conjugue, e isso provocou a saída de casa, e outro grupo também significativo, é de pessoas desempregadas, e que não conseguem trabalho. São grande parte de migrantes de outros estados, que vieram na busca de melhores oportunidades, e encontraram dificuldades para se alocar em empregos.

Porém, além destes dois grupos, existem os que tem problemas mentais e se recusam a trabalhar, ou a procurar uma vida melhor, e um grupo significativo, afetado pelo consumo de drogas. Sem dúvida o empobrecimento é um dos motivos neste fenômeno em crescimento e segundo estimativa da ONU, existiriam 100 milhões de pessoas no mundo na condição de moradores de rua. Estas cifras estimativas estão mudando constantemente, são difíceis de comprovar, e por isso devem ser consideradas sempre como estimativas aproximadas.

No meio destes grupos, que são em grande parte pacíficos, existem os malandros, que aproveitam a confusão, para assaltar e roubar celulares, vivendo desse dinheiro. Interessante notar que parte dos moradores de rua recebem bolsa família, e vivem com esse dinheiro, não tendo gastos de moradia, luz e outros.

Pela própria composição desta população, já é possível perceber, que se trata de uma questão multidimensional, e que por isso deve ser tratada pelas autoridades, nas suas múltiplas dimensões.

Se pensamos em pobreza, e em exclusão social, este grupo é provavelmente, o mais excluído, e o que demanda maior atenção das autoridades. Para tentar solucionar o problema, pode-se pensar em oferecer moradia para esta população, seja em abrigos, ou em acomodações baratas, e outra solução seria primeiramente tratá-los e tentar resolver os problemas familiares, e o desemprego, minimizando assim o problema. Mas como é um problema multidimensional, entendemos que a situação é complexa, e que soluções simples, não são viáveis de serem aceitas e implantadas.

Como é fácil imaginar, depois de termos ido ao centro da cidade, o impacto que está tendo na população que trabalha na região, será de revolta e culpando as autoridades, e a falta de políticas públicas adequadas, mais ainda considerando que São Paulo é o estado mais rico da federação.

A curiosidade por saber mais sobre as tendências, me levou a pesquisar o que estava ocorrendo em outros países e comecei a pensar na Argentina, no Uruguai, na Venezuela e Cuba.

Na Argentina dados mostram que 43% da população se encontra em estado de pobreza, e não encontrei dados sobre moradores de rua no país. Em Buenos Aires constam 7,2 mil moradores de rua. Em Montevideo 2800 pessoas moram na rua, sendo 55% mais do que poucos anos atrás. Na Venezuela e considerado que 96% da população vive em estado de pobreza, sendo 79% em situação extrema, porém não existem dados sobre moradores de rua. Em Cuba 33 mil pessoas moram em abrigos fornecidos pelo governo e que no total haveria 130 mil pessoas nesta situação.

México, Argentina e Colômbia, seriam os que tem bastante moradores de rua, mas bem menos que no Brasil

Vamos olhar o que acontece nos países mais ricos do planeta, começando pela Europa e Estados Unidos.

Na Europa, as cifras de moradores de rua estão estimadas em um milhão, sendo na Alemanha 447 mil moradores de rua e na Itália 100 mil. O único país onde foi constatado que o problema foi totalmente equacionado foi na Finlândia, sem moradores de rua. Também Reino Unido e Franca tem grande número de moradores de rua.

Nos Estados Unidos existem 653 mil moradores de rua, sendo que na cidade de Nova York tem 100 mil.

Países onde existem regimes totalitários como China e Rússia, não possuem dados sobre moradores de rua. Mas os países onde existe maior incidência do problema, é nos países em desenvolvimento, capitaneados por Índia, China, Brasil, Estados Unidos Nigéria e Rússia. A causa principal seria as desigualdades sociais, a pobreza, conflitos armados e falta de políticas públicas.

No Japão que não aceitava essa realidade, hoje se aceita a existência de moradores de rua, mas em número menor, porque moradia no Japão, é considerada barata.

No Canadá tem 200 mil moradores de rua.

Na Indonésia existem mais e estão isolados em bairros. Também grande número de moradores de rua, nas Filipinas e na Tailândia.

Países como Nigéria, África do Sul e Quênia, Egito, Síria Iraque e Líbano também tem esse problema.

No Brasil constam atualmente 280 mil moradores de rua, sendo que em São Paulo seriam 88 mil e na capital 53 mil, contradizendo os números mencionados no início e que eram de 2019. Por isso é preciso olhar para eles, como inseguros e se alterando constantemente. Com 17 milhões de favelados no país, não é de estranhar que o número dos mais excluídos dos excluídos seja tão grande. Após perceber que é um problema global, pela pequena amostra coletada, cheguei a conclusão de que não se trata de um problema localizado no Brasil, e sim de uma tendência mundial altamente preocupante, e em crescente evolução, uma pandemia social, das dimensões do Covid 19, porém não existe uma vacina para sua solução, demandando tratar do problema com a complexidade que merece, em suas múltiplas dimensões. Para tentar concluir este breve ensaio, me permito humildemente fazer a sugestão de dividir o problema em partes.  Para começar sugeriria se fazer um censo desta população, mapeando os que tem problemas familiares, e os que não conseguem emprego em primeiro lugar, e concomitantemente todos os outros, que estão nesta situação. A partir deste mapeamento, se poderia auxiliar com gestão de conflitos, com psicólogos e profissionais sociais, e até com visitas domiciliares, para minorar esta população, e com relação a aqueles que não conseguem emprego, formas de auxílio, com agências de colocação para ajudar a se colocarem no mercado. Pode ser que seja ingenuidade, minha pensar que é tão simples assim, mas empreender ação concreta e contínua, seria importante para estancar o crescimento desta população, e talvez até para minorá-lo.

O IPEA, que já fez estudos neste sentido deveria ser equipado para poder continuar seu trabalho, e até propor soluções.

Infelizmente, e apesar dos avanços tecnológicos, e até na melhora dos índices de desenvolvimento humano, constatar que o problema é mundial e grave, nos países ricos também, é altamente preocupante sobre as tendências de desenvolvimento que nos aguardam.

Para terminar, este problema dos moradores de rua, ele e tangencialmente relacionado com um problema maior, e que está também em crescimento, que é a criminalidade, a segurança pública, e a crescente importância que vem tomando o tráfico, as milícias, e os grupos de extermínio, o Brasil se tornando cada vez mais, um país inseguro e perigoso. Amigos canadenses que convidamos para nos visitar, se negaram a vir para o Brasil temerosos dos assaltos, assassinatos, e sequestros, e impressionados com as notícias que circulam no exterior.

O ano de 2024, inicia-se com enorme turbulência no mundo, e com perspectiva nada agradável, com guerras sem chance de terminar brevemente, com eleições americanas que podem provocar grandes mudanças, com Venezuela ameaçando vizinhos, e com a OTAN mobilizando forças temendo ser atacada pela Rússia, com o Irã bombardeando separatistas no Paquistão, e o Paquistão prometendo retaliações. Assim, as perspectivas para o ano, são de grande instabilidade, e torcemos para o bom senso dos líderes, que são cada vez mais autocráticos e intransigentes. Sem dúvida, carecemos no mundo atual de lideranças, de estadistas preocupadas com o futuro, com a civilização, e com o entendimento entre todos, neste mundo em que vivemos, que se tornou pequeno e limitado pela tecnologia. Por sua vez, a sábia natureza, está respondendo com inundações, temperaturas superquentes e super frias, o fenômeno El Ninho, reagindo ao desrespeito que nos humanos tivemos com ela. Neste ambiente complexo, o problema dos moradores de rua, apesar de sua importância, passa a ser menos percebido, e menos gerido, e fica o alerta para se manter foco também nele, apesar da distração que provoca o aumento das incertezas.

Como os leitores perceberam, tem muito assunto para receber contribuições, e enriquecer os temas hoje abordados. Aguardamos seus comentários.

Abraços

Luis Gaj

Contribuições recebidas sobre o ensaio N* 08.
Moradores em Situação de Rua

Miriam Menossi:

É alarmante o número de pessoas sem moradia no mundo inteiro. Fiquei pasma!

Acredito que a desigualdade social seja um dos motivos, mas não só. Nascemos para evoluir como seres humanos e para isso necessitamos de apoio familiar sendo, desde cedo, educados para sermos honestos e gentis, que é a base da nossa formação como cidadãos. Em seguida vem a Escola com o aprendizado que precisamos pela vida afora. Sempre considerei que o professor deve ser, também, um educador, corrigindo certas tendências nefastas que algum aluno apresente.

Na vida temos muitas oportunidades de promover nosso crescimento, sendo gentil com os vizinhos, ajudando quem precisa, trabalho voluntário. Usando sempre as palavrinhas mágicas: “por favor”, “obrigado”, “desculpe”, “sinto muito”.

Quem possui uma boa formação familiar é escolar pode até ser pobre, mas é uma pobreza digna, porque a pessoa é digna.

Infelizmente os moradores em situação de rua raramente tiveram uma infância e adolescência de qualidade e para sobreviver tomaram esse rumo.

O Governo tem a sua parcela de culpa por não ter atuado com o deveria antes do problema chegar nessas proporções. Não vejo um caminho para solução de tão grave situação. Como diria Camões “agora Inês é morta”

J.F. Saporito:

Os dados estatísticos não são confiáveis e em muitos países sequer estão disponíveis. Apesar disso fica claro em qualquer pesquisa básica sobre o tema, tratar-se de um problema mundial e não apenas de situações localizadas na América do Sul, África ou em regimes em que o sistema político “esconde” a realidade local.

A tendência dos estudos em geral é de relacionar o problema dos moradores de rua a questões de ordem familiar, econômica, desemprego, uso de drogas e distúrbios mentais, o que não deixa de ser verdadeiro. Todavia, também é verdadeiro o fato de que parte do problema é motivado pela baixa oferta de moradias que são oferecidas pelas políticas públicas, cujas condições sejam compatíveis com as possibilidades de centenas de milhares de pessoas de baixa renda.

Os custos dos aluguéis para não falar de compra de imóveis, são incompatíveis com a renda de muitos que moram na rua e eventualmente conseguem algum tipo de trabalho paralelo que mal dá para sobreviver. Muitos inclusive estão nas ruas porque deixaram de pagar o aluguel ou perderam as casas, a partir do momento em que perderam seus empregos. Eles não estão na rua por decisão própria, mas sim porque foram obrigados. Em geral nesses casos, outras pessoas do núcleo familiar que estejam um pouco mais estabilizadas, não têm condições financeiras de dar apoio suficiente para aquele que entrou em situação de desespero. Outra questão muito relevante é que no Brasil e talvez a nível mundial, os homens representam 80% a 85% dos moradores de rua. Desses, entre 70% e 80% estão na faixa etária de 18 a 50 anos, o que significa que são pessoas potencialmente ativas e disponíveis para o trabalho. Se não trabalham é porque não conseguem colocação compatível com o que sabem fazer ou porque não possuem nenhuma qualificação profissional exigida pelo mercado. Em recente pesquisa publicada em dezembro 2023 pelo IPEA, foi informado que no Brasil temos atualmente, 227,0 mil moradores de rua e que em 2013 tínhamos 21,0 mil. O crescimento é algo assustador. A população publicada pelo IBGE de 2013 era 201,7 milhões enquanto o último censo fala em 203,0 milhões. Em outras palavras, se essas informações estiverem corretas, entre 2013 e 2023 tivemos aumento de 10 vezes o número de moradores de rua e algo em torno de 1% na população. Será que esses números são confiáveis? Se forem, a situação é muito mais do que preocupante pois está havendo um aumento exponencial. Como dito anteriormente, a situação é mundial.

Vamos a alguns números disponíveis não com a intenção de comparar, mas para situar a globalização do problema.

Buenos Ayres                   7,2 mil

Montevideo                      2,8 mil

Cuba                                    33,0 mil

em abrigos públicos e 130,0 estimados

Alemanha                          447,0 mil

Itália                                     100,0 mil

Estados Unidos              653,0 mil

New York                            100,0 mil

California                           170,0 mil

Los Angeles                        75,0 mil

Canada                               200,0 mil

Brasil 280,0 mil contrariando os 227,0 do IPEA

São Paulo Estado           88,0 mil

São Paulo Capital          53,0 mil

Favelados do Brasil      17,0 milhões.

Quando pensamos na pujança econômica da cidade e do Estado de São Paulo e infelizmente constatamos a real situação dos moradores de rua ficamos preocupados e com dificuldade de entender o porquê dessa situação. Não serve de consolo nem como justificativa dos fatos, mas vale a pena tomar conhecimento de uma realidade semelhante que existe no mais importante Estado americano do ponto de vista econômico.

A California é o Estado mais rico dos Estados Unidos e o quinto maior PIB do mundo. Apesar disso vive uma crise humanitária sem precedentes, especialmente na cidade de Los Angeles. Os dados revelam que metade dos desabrigados americanos vivem na California. Mesmo com a intenção de fazer altos investimentos o Estado não sabe exatamente como tratar e resolver o problema dos moradores de rua. A California gastou US$ 17,5 bilhões tentando combater a falta de moradia nos últimos 4 anos. Quando alguém diz que com esse valor o governo poderia ter pago o aluguel de cada uma dessas pessoas desabrigadas, Jason Elliott consultor do governador sobre a falta de moradia responde que dois terços das pessoas de rua estão apresentando sintomas de saúde mental e que eles não podem simplesmente pagar o aluguel. O governo está tentando comprar motéis e prédios comerciais para transformá-los em moradias permanentes. Até agora conseguiram 13.500 unidades, mas que não são suficientes seguindo Elliott. Por enquanto o objetivo e reverter a curva e evitar o aumento de moradores de rua. Recentemente a Dra. Margot Kushel que foi contratada pelo para descobrir quem é um sem-teto na California publicou um estudo com 3.200 pessoas desabrigadas e desmistificou alguns mitos como: não é verdade que as pessoas de rua não querem uma moradia permanente; muitas pessoas moradoras de rua não são da California. Acredita-se que muitos já eram moradores de rua em outros locais e vêm para a California por causa do clima e das políticas públicas oferecer melhores condições do que outros Estados. O relatório da Dra. Kushel também constatou que 66% dos moradores de rua declararam que sentem sintomas de problemas de saúde mental, depressão e ansiedade. Todavia a Dra. Questiona se eles tinham esses problemas ou adquiriram como consequência de serem moradores de rua. Quando nos deparamos com a situação de São Paulo constatamos que ela é praticamente igual ao problema da California que apesar de terem muitos recursos tanto financeiro como de profissionais especializados, não sabem exatamente como resolver estando no processo de tentativas que amenizem e evitem a evolução do problema. Se eles têm dificuldade em encontrar soluções usando bilhões de dólares, como vamos resolver os nossos problemas sem ter recursos tanto financeiros como estruturais? Enfim, não estamos sós. Também é preciso considerar que a busca de solução para essa realidade social de caráter global, independe de ações individuais de cada cidadão, pois trata-se de algo muito maior ligado a políticas públicas de Estado.

É doloroso dizer que o problema não tem solução de curto, médio e até mesmo de longo prazo, mas é uma situação real sem luz no fim do túnel. A única referência que encontrei sobre a não existência de moradores de rua foi em relação a Finlândia, que segundo consta está praticamente zerando o número de moradores de rua.

J.F.SAPORITO

12/02/2024

Irene Nani:

Querido Luiz, li com muita atenção as contribuições de Saporito e as achei extremamente interessantes, assim como o ensaio n* 08 e o vídeo que você enviou!

Um grande abraço e muitos beijos para você e para Eva !😍💋

Lejbus Czersnia:

Oi Luis

Magnífico trabalho! Parabéns!

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