EXISTÊNCIA

WORKING PAPER Nº10

SERIE: COMO MELHORAR O NOSSO MUNDO

Depois de ter escrito os nove temas anteriores, resolvi parar e meditar sobre a nossa existência, sobre a vida e a morte. Variar fazendo um pouco de filosofia sem pretensões. A inspiração para este tema foi a Doutora Gudrum, que quando nos entrevistou sobre o livro que ela estava escrevendo a respeito da vida após os 80 anos, perguntou para cada um de nós como encarávamos a morte, tema de que as pessoas evitam falar.

Tendo oportunidade de observar as plantas é fácil perceber que elas, como no caso as árvores, crescem para o alto, mas não para o céu, tem limites de crescimento e depois entram em declínio e desaparecem ou morem. Similar ao que ocorre com os animais, que variando de espécie, tem as suas vidas limitadas e também terminam desaparecendo. Sentimos isso nos bichinhos de estimação que tem vida mais curta da que os humanos e ficamos tristes quando perdemos um desses animalzinho que terminamos gostando.

O mesmo acontece com todos os seres humanos, ricos e pobres, ilustres ou menos letrados, poderosos ou simples, indistintamente estamos destinados a desaparecer. Não escolhemos nascer e também não escolheremos morrer, se bem que podemos encurtar ou alongar a nossa permanência vivos, dependendo de como vivamos. O caminho recomendado e combatendo a entropia que se instala na idade através de boa alimentação, exercícios e o cultivo de bons relacionamentos, além de manter atividade mental. Na vida sedentária e sem propósito provavelmente a encurtamos.

O mundo em que vivemos possui uma lógica determinada e estabelecida que rege o viver e o morrer. Nos resta gerenciar o intervalo entre esses dois eventos. Não sabemos se esta mesma lógica se aplica a outros planetas, a outras galáxias e universos que possam possuir formas de vida e que muito provavelmente diferiram da nossa existência.

A limitação do nosso conhecimento sobre a vida em outros planetas e a imensidão do universo nos levam a refletir sobre a insignificância de nossa existência apesar de sermos partes dessa universalidade nos invita também a sermos humildes e modestos.

Citarei a seguir umas poucas frases provocativas para formas diversas de encarar a nossa existência.

Quando ainda vivo, importante empresário filosofava dizendo em francês: “aprés moi le diluve”

Querendo dizer não se importar com o que irá ocorrer após a sua morte, até pode ter um dilúvio sem se incomodar. Claro que se trata de uma atitude egoísta para quem teve uma vida abastada depois que seu pai deixou um império pronto para ser usufruído. Outra frase, uma das mais famosas da literatura mundial foi “to be or not to be” mencionada pelo famoso Wiliam Shakespeare na tragédia Hamlet sendo um fundo filosófico profundo para meditar. Implica questionar a vida e a nossa missão na terra, talvez até com grandes aspirações.

Professor conhecido escreveu um livro sob o título “nada acontece por acaso” querendo significar que estamos predestinados e que as nossas vidas são regidas por vontade superior e fora de nosso controle. Desta forma e como tudo será decidido fora de nosso alcance nos resta ficarmos passivos e esperar os acontecimentos. Na realidade o homem pode mudar o mundo ao seu redor e pode também mudar a si mesmo aproveitando as oportunidades que lhe aparecem. E responsável pelo que fazer, por quem amar e até por como sofrer.

Acreditar como nossa médica antroposófica que após morrer irá se encontrar com o primeiro marido falecido e com os pais é uma forma de acreditar na vida após a morte; Consolo para quem acredita na ressureição, quem também acredita no inferno e no céu, e o medo do inferno promove conduta crente e bondosa esperando ser recompensado numa outra existência.

Segundo Goehte, aproveitar os muitos momentos do dia, para pensar no muito que pode ser feito

Penso, logo existo e outra citação que nos faz meditar como utilizar bem nosso pensamento, nossa liberdade que ninguém tira de pensar e raciocinar na melhor forma de aproveitar nosso tempo entre nascer e morrer.

Nessa forma de pensar meditar sobre a melhor forma de educar nossos filhos e talvez a mais importante seja dando o exemplo. Também ter firmeza de propósito e não esmorecer frente aos inúmeros problemas que a vida coloca na nossa frente durante a existência. Também ter confiança em si mesmo e ir em frente.

Com ambição limitada a nossas necessidades, lição que aprendi com Stefan Blas e também om Kurt Lenhard, sem objetivar poder ou riqueza, procurar viver bem, gozar de comodidade, de conforto com amigos e familiares, escolhendo amigos que mereçam nosso respeito e que nos respeitem e afastando aqueles que não merecem nossa amizade ou companhia.

Assim, a vida de cada pessoa e singular e única. Ninguém pode viver a vida de ninguém em virtude da unicidade da existência humana. Cada ser humano morre e com a sua morte vão se as oportunidades de realização e de sentido.

Hilel, sábio rabínico que viveu na Babilónia na época de Herodes, o Grande, dizia: “se eu não o fizer, quem o fará? E se eu não o fizer agora mesmo, quando eu deveria faze-lo? E se o fizer por mim mesmo, o que serei eu?

O coração do homem não descansa até que se encontre e se realize, levando sempre em conta os valores humanos e a consciência de cada um.

São algumas frases tão somente para meditar, e que estão relacionadas com a existência, e a necessidade encarar a vida e a morte como realidades aceitas ainda que com expectativa de não sofrimento. Existem assim muitas formas de encarar a existência, e como o pensamento é livre tenho a expectativa de encarar a vida e morte como elas são, sem necessidade de me apoiar em bengalas para ter atitude correta, justa e humilde e considerada com o próximo.

Respeito todas as religiões e também respeito às pessoas que nelas acreditam, assim como também respeito a todas as ideias e opiniões conflitantes que permeiam nosso meio, mantendo uma postura equidistante e longe de extremismos e acreditando no homem e na sua capacidade de superar os obstáculos que surgem durante toda a existência.

Também acredito na potencialidade de todo ser humano de CONTRIBUIR para tornar melhor a existência de todos.

Acredito que a INSATISFAÇAO pode ser o caminho para melhorar e existência e chegar a obter a tão desejada FELICIDADE.

Espero que a POLÍTICA e a ECONOMIA sejam encaradas com seriedade pelo novo governo para tornar menos sofrida a vida de muitos brasileiros, apesar da burocracia instalada em Brasília.

O respeito aos DIREITOS HUMANOS será outra obrigação do novo governo, assim como governar para todos, mesmo para os 48% dos brasileiros que votaram contra nas eleições recentes.

A LIBERDADE continuará sendo o maior bem e a SUSTENTABILIDADE uma importante preocupação para garantir a vida das futuras gerações.

Buscar solução para os CONFLITOS que estão a nosso alcance administrar, mesmo conhecendo as nossas limitações e CONTRIBUIR como forma de realizações, mesmo sem esperar recompensas serão os meios que mesmo sem esperar promoverão a retribuição, seja material ou anímica.

Desta forma concluo, neste fim de 2022 esta série buscando contribuir para um mundo melhor.

Grande abraço a todos que contribuíram enriquecendo os temas apresentados com grande propriedade, e também aos que leram estes “working papers” com o desejo de FELIZES FESTAS E PRÓSPERO 2023.

Luis Gaj


Caro amigo e professor Luís,
Você fechou o ciclo do ano 2022 propondo e escrevendo sobre um tema difícil e de alta complexidade.
Na verdade, as suas abordagens foram de grande valia, levando a reflexões pessoais sobre a vida e a morte.
Gostei, e foi muito criativo de sua parte, mencionar na parte final do último texto, vários pensamentos norteados pelo uso individual de cada uma das 10 palavras chaves que foram sugeridas ao grupo de participantes durante o desenvolvimento dos trabalhos deste ano.
Escrever sobre existência envolve crenças, religiosidade, presença invisível de um Deus ou de um ser superior que controla o universo. Para aqueles que acreditam em vida após a morte, o tema fica ainda mais complexo para não dizer etéreo. Exige também que se mentalize sobre o desenvolvimento da própria vida desde o nascimento até o momento presente. Para aqueles que já passaram dos 60/70/80/90 anos passa a ser fundamental usufruir e equilibrar o bem-estar do dia a dia com o desconforto do cérebro muitas vezes sendo ocupado pelo pensamento de que um dia irá morrer.
Não é muito comum que em um certo momento de maturidade, não exatamente com idade avançada, que as pessoas tenham disposição suficiente para fazer um balanço verdadeiro e imparcial de como foi a sua própria vida até aquele momento. Seria necessário questionar sem medo e barreiras, quais foram os acertos nas decisões,
onde errou, o que fez, o que faria diferente, e o que deveria ter feito, mas não fez. É preciso dispor de um alto nível de autocritica e desprendimento, tanto para chegar a conclusões positivas e negativas como para mudar a partir de um certo momento as coisas que não aconteceram exatamente da forma como deveriam. A autocritica pode ser dolorosa, mas também é um remédio para curar feridas do presente e passado.
Quando se fala de vida e morte como destino de todos os seres humanos, independentemente de serem “ricos, pobres, ilustres, menos letrados, poderosos ou simples” como você mesmo colocou no seu texto, o tema existência passa a ter algo em comum entre pessoas tão diferentes. É provável que todos, indistintamente, irão dirigir suas reflexões sobre como se materializaram ou não ao longo da vida, os seus objetivos na busca de uma curva ascendente de evolução, considerando desenvolvimento pessoal, formação acadêmica, financeira, reconhecimento da sociedade, criação de uma nova família, bem-estar e sucesso entre outros.
A Dra. Gudrun Burkhard em seu livro Tomar a Vida em Suas Próprias Mãos talvez para melhor ilustrar a respeito de que cada ser humano sempre buscará alcançar objetivos, transcreveu no rodapé da primeira página, o seguinte pensamento de Friedrich Ruckert .
Em cada um vive uma imagem,
Daquele que deve vir a ser.
Enquanto ele não a realiza,
Não alcança a sua paz.
Penso que as palavras do autor são perfeitas para definir a natureza de cada pessoa durante a sua passagem por este planeta.
A história de vida de cada pessoa é singular e única, quase sempre como resultado das características pessoais do indivíduo, adicionado com a vivência do meio ambiente em que cresceu, com as oportunidades que soube ou não aproveitar, com o seu empenho pessoal em se destacar, da busca constante de produzir algo de bom, de contar com um pouco de sorte, com o destino favorável em fatos inesperados, com a sua índole e moral intacta, com o momento de estar no lugar certo ou errado, por ter encontrado ou não apoio de alguém que estava um passo adiante. Esse conjunto de fatores adicionado a outros tantos, irão ter forte influência no histórico individual da vida de cada pessoa.
Com certeza, as incertezas sobre o estudo da alma, do cérebro, do comportamento, da essência e por conseguinte do significado da passagem do ser humano por este planeta, resulta na conclusão de que tudo isso está ainda muito além do conhecimento atual do homem moderno. Não sabemos por que e de onde viemos nem para onde vamos após a morte.
Se considerarmos que o homo sapiens viveu a cerca de 300 mil anos e que o surgimento da escrita aconteceu entre 3.500 e 3.000 A.C. pode se criar um cenário real da lentidão
progressiva com que o homem evoluiu como espécie e como cada um dos bilhões de nossos antepassados teve uma existência única e particular durante a sua passagem pela terra. O mesmo acontece nos dias de hoje com cada um de nós. Trata-se de um mistério cósmico indecifrável.
Finalizo agradecendo a oportunidade de participar do grupo. Foi uma ótima experiência contribuir com ideias gerais sobre cada um dos 10 temas propostos
Forte abraço a você e a Sra. Eva. Felicidades, saúde e alegria nas festas de final de ano junto com a família.
J.F.SAPORITO
Dez/2022

Contribuições recebidas sobre o Working Paper Nº10

J.F.SAPORITO

Caro amigo e professor Luís,
Você fechou o ciclo do ano 2022 propondo e escrevendo sobre um tema difícil e de alta complexidade.
Na verdade, as suas abordagens foram de grande valia, levando a reflexões pessoais sobre a vida e a morte.
Gostei, e foi muito criativo de sua parte, mencionar na parte final do último texto, vários pensamentos norteados pelo uso individual de cada uma das 10 palavras chaves que foram sugeridas ao grupo de participantes durante o desenvolvimento dos trabalhos deste ano.
Escrever sobre existência envolve crenças, religiosidade, presença invisível de um Deus ou de um ser superior que controla o universo. Para aqueles que acreditam em vida após a morte, o tema fica ainda mais complexo para não dizer etéreo. Exige também que se mentalize sobre o desenvolvimento da própria vida desde o nascimento até o momento presente. Para aqueles que já passaram dos 60/70/80/90 anos passa a ser fundamental usufruir e equilibrar o bem-estar do dia a dia com o desconforto do cérebro muitas vezes sendo ocupado pelo pensamento de que um dia irá morrer.
Não é muito comum que em um certo momento de maturidade, não exatamente com idade avançada, que as pessoas tenham disposição suficiente para fazer um balanço verdadeiro e imparcial de como foi a sua própria vida até aquele momento. Seria necessário questionar sem medo e barreiras, quais foram os acertos nas decisões,
onde errou, o que fez, o que faria diferente, e o que deveria ter feito, mas não fez. É preciso dispor de um alto nível de autocritica e desprendimento, tanto para chegar a conclusões positivas e negativas como para mudar a partir de um certo momento as coisas que não aconteceram exatamente da forma como deveriam. A autocritica pode ser dolorosa, mas também é um remédio para curar feridas do presente e passado.
Quando se fala de vida e morte como destino de todos os seres humanos, independentemente de serem “ricos, pobres, ilustres, menos letrados, poderosos ou simples” como você mesmo colocou no seu texto, o tema existência passa a ter algo em comum entre pessoas tão diferentes. É provável que todos, indistintamente, irão dirigir suas reflexões sobre como se materializaram ou não ao longo da vida, os seus objetivos na busca de uma curva ascendente de evolução, considerando desenvolvimento pessoal, formação acadêmica, financeira, reconhecimento da sociedade, criação de uma nova família, bem-estar e sucesso entre outros.
A Dra. Gudrun Burkhard em seu livro Tomar a Vida em Suas Próprias Mãos talvez para melhor ilustrar a respeito de que cada ser humano sempre buscará alcançar objetivos, transcreveu no rodapé da primeira página, o seguinte pensamento de Friedrich Ruckert .
Em cada um vive uma imagem,
Daquele que deve vir a ser.
Enquanto ele não a realiza,
Não alcança a sua paz.
Penso que as palavras do autor são perfeitas para definir a natureza de cada pessoa durante a sua passagem por este planeta.
A história de vida de cada pessoa é singular e única, quase sempre como resultado das características pessoais do indivíduo, adicionado com a vivência do meio ambiente em que cresceu, com as oportunidades que soube ou não aproveitar, com o seu empenho pessoal em se destacar, da busca constante de produzir algo de bom, de contar com um pouco de sorte, com o destino favorável em fatos inesperados, com a sua índole e moral intacta, com o momento de estar no lugar certo ou errado, por ter encontrado ou não apoio de alguém que estava um passo adiante. Esse conjunto de fatores adicionado a outros tantos, irão ter forte influência no histórico individual da vida de cada pessoa.
Com certeza, as incertezas sobre o estudo da alma, do cérebro, do comportamento, da essência e por conseguinte do significado da passagem do ser humano por este planeta, resulta na conclusão de que tudo isso está ainda muito além do conhecimento atual do homem moderno. Não sabemos por que e de onde viemos nem para onde vamos após a morte.
Se considerarmos que o homo sapiens viveu a cerca de 300 mil anos e que o surgimento da escrita aconteceu entre 3.500 e 3.000 A.C. pode se criar um cenário real da lentidão
progressiva com que o homem evoluiu como espécie e como cada um dos bilhões de nossos antepassados teve uma existência única e particular durante a sua passagem pela terra. O mesmo acontece nos dias de hoje com cada um de nós. Trata-se de um mistério cósmico indecifrável.
Finalizo agradecendo a oportunidade de participar do grupo. Foi uma ótima experiência contribuir com ideias gerais sobre cada um dos 10 temas propostos
Forte abraço a você e a Sra. Eva. Felicidades, saúde e alegria nas festas de final de ano junto com a família.

Dez/2022

1 comentário em “EXISTÊNCIA”

  1. Miriam Minotti Menossi

    EXISTÊNCIA
    “Para tudo há uma ocasião e um tempo para cada propósito debaixo do céu: tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de plantar e tempo de colher” Eclesiastes 3:1-2 Bíblia Sagrada
    Estamos neste Planeta com o propósito de daqui sair bem melhores do que quando chegamos.
    Os grandes desafios que enfrentamos na vida são lições que necessitamos para superar e vencer, como na Escola. E são muitas no decorrer da nossa existência. Mesmo assim amamos a vida, a Natureza é privilegiada com o verde das florestas, o azul dos mares, a beleza imponente das montanhas, a Lua que ilumina as noites escuras, o brilho das estrelas. E o que dizer do nosso astro-rei, o Sol que dá vida à Terra, aquece nosso corpo e nossa alma e tão necessário às plantações.
    Por tudo isso relutamos em deixar a Terra.
    Certa vez numa entrevista o repórter perguntou ao Palhaço Arrelia como ele encarava a morte e ele respondeu: Eu amo a vida, mas quando a morte me chamar eu vou, mas vou sob protesto…..
    Estou com o Arrelia.
    A vida é bela, muito bela!!!

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